sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

DFC

Demonstração de Fluxos de Caixa

Sendo um dos mapas mais recentes na lista dos documentos de prestação de contas, destaca-se pela qualidade da informação (simples e concisa) que disponibiliza aos utilizadores da informação financeira. De salientar que a sua obtenção é bastante facilitada em sistemas informáticos de tratamento de dados contabilísticos, o que leva a que seja um mapa de fácil implementação na contabilidade.

A Comissão de Normalização Contabilística publicou a Directriz Contabilística número 14 (i) com a finalidade de introduzir em Portugal normalização sobre este documento. Apresenta o documento com três componentes fundamentais identificadas com os três tipos de actividade da empresa que originam os fluxos, a saber:

  • Actividades operacionais “…indicador da capacidade da empresa gerar meios de pagamentos suficientes para manter a capacidade operacional, reembolsar empréstimos, pagar dividendos e fazer investimentos de substituição sem ter que recorrer a capitais alheios…”
  • Actividades de investimento “… representa a extensão dos dispêndios feitos para obtenção de recursos que tenham em vista gerar resultados e fluxos de caixa futuros.”
  • Actividades de financiamento “… permite estimar as necessidades de meios de pagamento e de novas entradas de capital, bem como proporcionar aos financiadores informação sobre a capacidade de serem reembolsados.”

A directriz acima referida propõe dois métodos para a obtenção dos dados, a saber:

  • Método directo “… em que são divulgados os principais componentes dos recebimentos de caixa e dos pagamentos de caixa, termos brutos, permitindo aos utentes compreender o modo como a empresa gera e utiliza os meios de pagamento.”
  • Método indirecto “… o resultado líquido do exercício é ajustado por forma a excluírem-se os efeitos de transacções que não sejam a dinheiro, acréscimos ou deferimentos relacionados com recebimentos ou pagamentos passados ou futuros e contas de proveitos ou custos relacionados com fluxos de caixa respeitantes às actividades de investimento ou de financiamento.”

“Tradicionalmente, as contas publicadas pelas empresas incluíam o Balanço, a DR e, eventualmente, o Mapa de Origem e Aplicação de Fundos (MOAF). Hoje este documento perdeu importância relativa face à Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) ou Mapa de Tesouraria. A grande diferença entre eles é que enquanto o MOAF coloca-se na óptica dos fundos circulantes (activos de curto prazo), a DFC foca-se exclusivamente nas disponibilidades (caixa, depósitos e títulos negociáveis).

A Demonstração dos Fluxos de Caixa completa a informação apresentada no Balanço e Demonstração de Resultados, salientando os recebimentos e os pagamentos realizados durante o período em análise. Este documento não se encontra sujeito às políticas de amortizações e provisões (o que o torna mais objectivo) e permite ao analista externo detectar mais facilmente quer o potencial de negócio, quer as necessidades graves de tesouraria e potenciais falências.” (ii)

De salientar que este documento é tratado também pela Norma internacional de Contabilidade nº 7 “Cash Flow Statements” da International Accounting Standard Board.

Notas:

(i) CNC - Directriz contabilística nº 14 – Demonstração dos Fluxos de Caixa

(ii) www.neotec.gov.pt


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